Durabilidade do EPS
Não é conhecido o limite de idade do EPS. Os estudos realizados sobre as soluções construtivas do EPS correntes confirmam esta afirmação. No entanto, as propriedades do EPS impõem a sua correcta aplicação para que seja garantido um desempenho adequado ao longo do tempo.
Deverá ser tomada em conta a radiação solar directa, bem como outros tipos de radiações ricas em energia deterioram o EPS por alterarem a sua estrutura química. Este processo é, porém, lento e dependente da intensidade de radiação e do tempo de exposição. Em conjunto com as intempéries o processo pode ser acelerado.
É, pois, de evitar aplicações em que o EPS fique exposto à radiação solar directa, não se verificando, contudo, deterioração no caso da radiação solar ser difusa.
A estrutura celular do EPS também é danificada por solventes ou vapores destes.
Compatibilidade do EPS com outros Materiais
O EPS é compatível com a maioria dos materiais correntemente utilizados na construção de edifícios.
De referir, no entanto, que é sensível a alguns materiais que contenham solventes. Nestes casos terá de se evitar o contacto ou exposição a vapores destes materiais. A estrutura celular é danificada pelos solventes sendo este processo acelerado com temperaturas elevadas.
Água, água do mar, soluções de sais |
+ |
Materiais de construção correntes (cal, cimento, gesso) |
+ |
Soluções alcalinas |
+ |
Soluções ácidas fracas |
+ |
Ácido clorídrico 35% |
+ |
Ácido nítrico 50% |
+ |
Ácido sulfúrico 95% |
– |
Sais, adubos |
+ |
Betumes, produtos betuminosos diluídos com água |
+ |
Produtos betuminosos com solventes |
– |
Produtos asfálticos |
– |
Gasóleo, gasolina, fuel |
– |
Álcool |
+/- |
Solventes orgânicos |
– |
Hidratos de carbono alifáticos |
– |
O Comportamento Biológico
O EPS não apodrece nem ganha bolor, não é solúvel em água nem liberta substâncias para o ambiente. Até esta data, não foi observado qualquer efeito prejudicial para a saúde – o EPS é correntemente utilizado como acondicionador de alimentos.
O EPS não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de animais ou microrganismos. Em caso de grande acumulação de sujidade sobre uma placa, poderão surgir bolores que, no entanto, não afectarão o EPS.
O EPS pode ocasionalmente ser atacado por roedores ou outros animais. Por isso, é necessário prever revestimentos que impeçam o acesso desses animais as placas de EPS.
O Impacto no Meio Ambiente
O EPS é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais. Ao longo de todo o ciclo de vida a utilização do EPS como isolamento térmico tem um impacto positivo sobre o Meio Ambiente.
Quimicamente, o EPS consiste de só dois elementos, o carbono e o hidrogénio. O EPS não contém qualquer produto tóxico ou perigoso para o ambiente e camada de ozono (está isento de CFC’s). O gás contido nas células é o ar.
Por se tratar de um plástico e de ser muito leve, o processo de fabrico consome pouca energia e provoca pouquíssimos resíduos sólidos ou líquidos. O gás expansor incorporado na matéria-prima (o poliestireno expansível) é o pentano.
A utilização do EPS como isolamento térmico permite poupar energia que, durante a vida útil do edifício, pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante o seu fabrico. Esta poupança de energia significa que, para além preservar os recursos energéticos, o uso de EPS reduz a emissão dos gases poluentes e dos gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.
Após a conclusão da vida útil do EPS, este é totalmente reciclável.